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Olá pescadores e pescadoras, tudo bem?
A carretilha é um dos melhores instrumentos para a prática da pesca de arremesso, mas para usar, todo iniciante tem que vencer a etapa do arremesso onde é comum a formação da cabeleira ou “backlash”.
A cabeleira acontece pelo fato do carretel da carretilha, girar no seu próprio eixo. Portanto, quando o carretel está demasiadamente solto, mesmo que a isca já esteja na água depois do arremesso, ele continua rodando, soltando linha, afrouxando e provocando a cabeleira.
São três providências para não ocorrer a cabeleira.
A primeira, regular o freio do carretel ou “sintonia fina”. Geralmente é uma “tampinha” que fica na direção da ponta do eixo do carretel, do lado da manivela. Essa regulagem tem que ser feita toda vez que trocar de isca ou peso que vai arremessar. Para isso, coloque a isca com o peso, posicione a vara num ângulo de 45 graus e aperte o gatilho que libera o carretel. A isca deve descer devagar e suavemente até o chão e nesse instante o carretel pare de rodar. Para regular, aperte ou solte a tampinha na pontado eixo até a condição ideal.
A segunda é a regulagem magnética ou centrífuga que os fabricantes adotam. São dois sistemas distintos que controlam a rotação do carretel também. É muito eficiente para iscas leves porque são sistemas bem sensíveis. No caso do sistema magnético é um botão graduado do lado contrario à manivela. Para quem está iniciando, comece com uma graduação média (se for de 0 a 10, comece com 5). No sistema centrifugo normalmente o controle é feito por um conjunto de buchas que ficam dentro da carretilha. Para liberar ou acionar, tem que abrir a tampa da carretilha. Para iscas mais leves, acione duas buchas em posição contrárias para iniciar.
A terceira providência é arremessar para cima e não para frente. A maioria dos instrutores de arremessos dizem para soltar o dedo do carretel quando a vara estiver na posição do ponteiro do relógio marcando 11 horas. Então é quase vertical. Se perceber que não foi na posição correta que soltou o dedo do carretel, imediatamente volte o dedo, travando o arremesso para não dar a cabeleira. Talvez essa seja a maior dificuldade porque o reflexo tem que ser rápido.
Esse procedimento é para o arremesso conhecido por “overhead cast”, ou seja, o arremesso que fazemos sobre a cabeça para frente. Primeiro aprenda esse arremesso para depois que estiver familiarizado com a carretilha, partir para os outro tipos de arremessos. E geralmente é o arremesso mais usado na pescaria.
Algumas considerações importantes: Não use linha grossa na carretilha para aprender arremessar. Se for de nylon, numa carretilha comum, use no máximo uma 0,33 mm. Ideal, 0,26 , 0,28 ou 0,30 mm. As vezes na carretilha vem escrito a bitola da linha e a capacidade em metros que cabe no carretel.
Quando colocar a linha na carretilha, ela tem que ficar bem apertada no carretel. Se ficar folgada ou “fofa”, vai dar cabeleira.
Não arremesse com força ou rápido demais. O movimento tem que ser suave e o tempo todo, tem que sentir o peso da isca na ponta da vara, como se fosse um pendulo invertido.
Mesmo pescadores experientes às vezes por acidente ou esquecimento de regular o freio de acordo com o peso de uma nova isca, pode acabar com uma grande cabeleira na carretilha. Nesse caso, a maioria das vezes é porque na hora do arremesso a isca tenha enroscado num galho atrás, ou numa tralha, num passaguá… Por isso, sempre que for arremessar veja o que tem atrás para não enroscar.
A grande vantagem da carretilha é que permite arremessos suaves, macios, rápidos e precisos, colocando a isca onde quer com muita facilidade. Por isso, quem aprende fica fiel ao equipamento.
Vale lembrar que hoje em dia, todos os fabricantes tem se esforçado muito para que o pescador não tenha problemas no uso, melhorando o sistema de freio, alguns com controles digitais…
A Pesca Brasil dispõe de diversos modelos de carretilhas com muita tecnologia, indicadas paras diversas técnicas e usos.
Em nosso Yotube, você encontra um vídeo com dicas sobre o assunto: https://www.youtube.com/watch?v=nIS8CtDlVnI
Um grande abraço e boas pescarias!
Texto escrito em parceria com Nelson Chiba.
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